segunda-feira, abril 30, 2007

«Recolha o seu bilhete»


Sempre a correr, a Ema e a Vanessa chegaram mesmo em cima da hora à estação e ainda tinham de comprar o bilhete. Destino: a praia. Foram até às máquinas automáticas, mas não conseguiram encontrar o seu destino. «Não pode ser, tenta outra vez!». Depois de percorrerem mais três vezes as listas com todos os destinos, acabaram por encontrá-lo! «Carrega, depressa!». Estavam prestes a perder o comboio e os nervos estavam a aumentar. A máquina fazia coisas muito estranhas, não obedecia! «Não me deixa marcar dois bilhetes!» «Bem, então compramos um de cada vez, despacha-te!». Por fim, a Ema conseguiu comprar o seu bilhete... Agora só faltava o da Vanessa. Pela segunda vez, a rapariga procurava o seu destino. «Mas isto diz D.E.P. em todo o lado! O que é D.E.P? Onde está o nosso destino?». Mesmo no último momento, Vanessa encontrou-o e comprou o bilhete. Só faltava recolhê-lo e saíam a correr para o comboio. Mas... não podia ser! O que seria aquilo? Uma brincadeira de mau gosto? A Vanessa recolhia o seu bilhete horrorizada pois estava manchado de sangue e dizia: «Menina Vanessa Garcia, Descanse Em Paz. Nunca mais voltaremos a vê-la.» Pouco depois, a Vanessa morreu de causa desconhecida...

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quinta-feira, abril 05, 2007

Que rico gelado de morango!


No Verão passado, a Eva conseguiu finalmente ir de férias. Tinha passado a tudo e os pais deixara-na ir com os amigos. Num passeio à beira-mar, onde passava as tardes com os amigos, havia uma grande máquina de venda automática de gelados, mas tinha sempre uma fila enorme e a Eva e os amigos nunca tinham vontade de esperar. Uma tarde encontraram-na vazia: «Que sorte! Vamos lá depressa antes que apareça alguém primeiro!», pensou Eva, e saiu disparada em direcção à máquina, enquanto os amigos a observarem divertidos. A Eva inseriu os euros na máquina, o cone de baunilha desceu para a saída dos sabores e o gelado começou a cair... «Que porcaria, esta máquina deve estar avariada!». A Eva tinha pedido um gelado de nata, mas a máquina estava a tirar uma mistura viscosa avermelhada. Chateada, tirou o seu gelado. «Dois euros para o lixo!» e quando ia a provar... ahhhhh! Um olho gelatinoso espreitava por um lado! «Mas o que é isto?» A Eva atirou o gelado fora e, toda arrepiada, foi a correr buscar um refrigerante para esquecer o susto e poder beber qualquer coisa calmamente. Encontrou a máquina de refrigerantes, inseriu as moedas, ainda meio desconfiada pois poderia voltar a perder o dinheiro, e ouviu a lata a cair. Como não via o refrigerante, aproximou-se da ranhura e pôs lá a mão até ao fundo, cada vez mais chateada e sem pensar no que fazia por um único segundo. Sem ter tempo de reagir, alguém ou alguma coisa que estava dentro da máquina a agarrou lhe deu um puxão tão forte que ela foi completamente «engolida» pela máquina. A Eva desapareceu e o pior é que os amigos tinham visto tudo.

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quarta-feira, abril 04, 2007

Uma aldeia perdida


Acontecia sempre o mesmo, chegava sempre atrasada! Por isso nem pensou duas vezes antes de seguir por um atalho e se enfiar na floresta com o seu jipe. Tinha um casamento noutra cidadd e não podia perder tempo. O jipe foi atravessando por entre arbustos e silvas até que, de repente, parou. Laura percebeu imediatamente que tinha ficado atolada num lamaçal. A sua única hipótesse seria caminhar até à estrada principal... Foi então que encontrou uma pequena aldeia muito estranha. Nem queria acreditar quando percebeu que se tratava nada mais, nada menos do que de uma civilização perdida na floresta! Uau... Viviam como há trezentos anos atrás: não tinham electricidade, deslocavam-se em carros puxados por animais e usavam roupas antigas. Incrivel, mas real! No entanto, o que mais lhe chamou à antenção foi o facto de só haver homens naquele local. Que estranho! A Laura hesitou bastante antes de lhes pedir ajuda mas o que mais podia fazer? Não tinha outra opção... A aldeia acolheu- muito bem, deram uma festa em honra dela e conversaram horas. A Laura queria perguntar-lhes pelas mulheres, mas decidiu não se intrometer.Agradeceu-lhes toda a sua atenção e disse-lhes que tinha chegado a hora de sair dali... Mas os estranhos habitantes tinham outros planos para ela. No casamento todos se perguntavam porque é que a madrinha não aparecia, mas já era demasiado tarde. Aquela aldeia continuava sem mulheres...

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