segunda-feira, setembro 11, 2006

A vingança



Dora era uma rapariga de 17 anos e namorava um rapaz chamado Sérgio. A relação dos dois não estava a andar muito bem, pois o rapaz insistia para que Dora tivesse relações com ele. Ela não queria, achava que era muito nova para isso.
Sérgio ameaçou Dora de acabarem o namoro se os dois não fizessem amor. Então, como Dora o amava fez-lhe a vontade e os dois perderam a virgindade.
A partir daí a relação começou a melhorar. Mas passado algum tempo, Dora reparou que já não mentruava há muito tempo. Mas não ligou. Podia ser da ansiedade.
Passou-se mais tempo e o período nunca mais vinha e Dora começou a sentir-se enjoada e começou a desconfiar que estava grávida.
Fez o teste de gravidez e deu positivo. Foi contar depressa a novidade a Sérgio:
- Sérgio, em breve serás pai!
- O quê?!
- Eu estou grávida!
- Eu não quero ser pai, sou muito jovem para isso. Por isso, acabou-se tudo entre nós.
- Mas eu espero um filho teu!...
- Não quero saber dele para nada.
Dora ficou de rastos. Só faltava informar os pais.
A reacção deles foi igual ou tanto pior que a do Sérgio. Expulsaram-na de casa, pois era vergonhoso ter uma filha irresponsável.
Dora vagueou pelas ruas tristemente e a chorar, contrariando a sua sorte.
Era noite. Dora meteu-se por caminhos que nunca tinha visto e deparou-se com uma cena um tanto invulgar.
Um grupo de moças a fazerem feitiçaria e a louvar um ser estranho que se entendia tratar-se do Diabo.
- Está aqui alguém! - rugiu o Diabo.
- Então vamos apanhá-lo. - disseram as bruxas.
Dora tentou fugir, mas elas conseguiram alcançá-la.
- Agora, minha menina - disse o Diabo. - Se quiseres sobreviver tens de te tornar bruxa.
- Está bem. - assentiu a Dora, que estava ansiosa por se tornar numa e ter todos aqueles poderes.
- Estás grávida, não estás? - inquiriu o Diabo.
- Como sabe?
- Eu sinto-o a mexer-se. - respondeu o Diabo. - Se quiseres ser bruxa, tens de o sacrificar para mim.
- Sim, eu entrego a alma do filho a si, senhor das Trevas. - aceitou Dora, completamente possuída.
- Então assina este documento.
Dora assinou o pacto com o Diabo.
De repente, tudo desapareceu. E em vez do descampado onde estivera, estava em frente da casa do Sérgio e outra coisa estranha: já era dia.
Sérgio saiu de casa para ir para a escola e encontrou Dora cheia de sangue e foi socorrê-la:
- Estás bem?
- Estou. - respondeu ela.
- Desculpa, Dora. Eu fui um estúpido.
- Porquê? - questionou ela.
- Eu estive a pensar e acho que estou a fazer a coisa errada, eu amo-te, eu quero ficar contigo e com o meu filho.
Dora ficou feliz por ouvir aquilo.
- Tens de informar os teus pais.
Depois das aulas, Sérgio foi informar os pais do sucedido. Ao contrário dos pais de Dora, eles apoiaram-nos e deixaram a Dora viver com eles.

Passado alguns meses...

Dora entrou em trabalho de parto e teve um rapaz. Todos ficaram muito contentes.
À noite, quando Dora foi à casa-de-banho viu o reflexo do Diabo no espelho, que lhe disse:
- "Tens de sacrificar o teu filho".
- Sim, mestre. - anuiu Dora.
Dora, quando todos se encontravam a dormir, pegou no seu filho e levou-o para a casa-de-banho. Colocou-o na banheira e foi buscar uma faca.
Esfaqueou o filho até à morte.
Sérgio acordou com os berros do bebé, dirigiu-se à casa-de-banho e deu de caras com aquele horror. O seu filho estava completa mutilado; o seu sangue jorrava pelo ralo da banheira.
- Tu és um monstro! - exclamou o Sérgio.
- Não. - respondeu ela.
Dora escreveu "Sorry"na parede da casa-de-banho com o sangue do filho.
- Vai para o Inferno! - conjurou o Sérgio.
Nesse mesmo instante, Dora ciente da asneira que tinha feito, suicidou-se.

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1 Comments:

Anonymous Anónimo said...

Deus me livre matar minha filha

2:25 da tarde  

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