quinta-feira, janeiro 18, 2007

Cabine fotográfica mortal

Já era a quarta vez naquele ano que o Rafa perdia o B.I. e a mãe tinha-lhe dado uma bronca daquelas! «Então, ou vais renová-lo hoje mesmo ou não vais de férias!». «Que exagerada!», pensou o Rafa. Bem, a primeira coisa de que precisava era de duas fotografias tipo passe para entregar no Registo Civil. Por isso, foi até à estação de metro ao lado de sua casa, onde sabia que existia uma cabine fotográfica. Na verdade, não gostava nada daquelas máquinas: ficavas sempre tão mal e com uma cara tão estranha! Mas enfim, já sabia as instruções de cor! Primeiro, lutar com a cortina para a conseguir fechar, depois inserir o dinheiro, ver-se ao espelho para ver se estava bem centrado e ajustar o banco. Preparado? «Não se mexa por favor, vamos tirar-lhe a foto. Três, dois, um... Cliiiic!». Cinco minutos depois, um desconhecido recolhia as fotos que o Rafa tinha tirado. Nelas aparecia o rapaz com cara de espanto e, atrás dele, um homem vestido de preto empunhava uma faca na direcção do pescoço do jovem. Do Rafa ainda não se sabe nada. Do desconhecido também não. Guardou as fotos no bolso e saiu para a rua tranquilamente...

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